Soneto da Manhã de Abril

Fagner Roberto Sitta da Silva

"...as cores de abril não querem saber de dor."

Vinicius de Moraes (1913-1980)

Na janela, a manhã sussurra: Abril!

Um novo tempo de descobrimentos,

no entanto, sei que todos pensamentos

não estão calmos como o céu anil...

Eu queria aquecer-te em tempo frio,

mas vão distantes esses meus intentos,

pois a manhã avança... e os sentimentos

estão como que presos num gradil.

Decerto não conseguirei domar

todas as ambições de ser criatura

presa em matéria que é chamada amar.

Mas nem escaparei, indo pelos

corredores do sono, é manhã pura:

Basta o sonho com seus caminhos belos!

01 de abril de 2008.

Fagner Roberto Sitta da Silva
Enviado por Fagner Roberto Sitta da Silva em 15/02/2011
Reeditado em 01/04/2017
Código do texto: T2793493
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.