Soneto n.184
Como é dolorida (e sentida)
a nossa derradeira Viagem,
e partir-se dessa paisagem,
ir sem acenar na despedida!
Pois a voz mais que querida
(também a sua doce imagem)
não será mais que miragem
perdida sempre desta vida.
Sei que é a força do destino,
a nos impor seu vil desatino,
girando - da Roda - a Sorte.
Ah! O dia torna-se a dura noite
e a ausência surge como açoite,
vibrando na mão cruel da Morte!
Silvia Regina Costa Lima
15 de fevereiro de 2011