MANTAS E MANTRAS

A minha preta é branca como a lua

De pele lisa seduz meu pensar tão áspero

Eriça pelos, apelo em moça nua

Caminha ereta e me prende no quente útero

Sozinha e quieta de longe a hipnose tua

De tão precisa essa luz que tem brilho próspero

A fé eterniza cozinha-me verve crua

De linha aberta o estúpido verso Cícero

Aponto a seta e sigo aroma, flutua.

Incisa o corte e sangra expostas vísceras

Alcanço a meta, encontro amor em tuas ruas.

Na frisa vejo uma cena: No frio tu suas

Refaço a morte num mantra de reza mísera

A minha preta é manta, em meu corpo atua.

Axills
Enviado por Axills em 15/02/2011
Código do texto: T2793123
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.