Soneto do Trem da Tarde

Fagner Roberto Sitta da Silva

Sempre gostei de ver o trem passar,

ia todos os dias numa ponte

só pra vê-lo surgindo no horizonte,

veloz, deixando um belo rastro no ar.

E, com o sol queimando minha fronte,

via a mistura muito singular

da fumaça com luz crepuscular

na hora que ele sumia atrás de um monte.

Porém, eu nunca mais o vi, por ora

está desativada a ferrovia

e o velho trem se foi, no mundo afora...

Mesmo trocado pela rodovia

segue esse trem, correndo sem demora,

vai resistindo em minha nostalgia!

28 de dezembro de 2008.

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Todas as tardes o trem a diesel cruzava a cidade (pois o trem elétrico era só no trecho de Bauru/São Paulo), pontualmente todas as tardes, até que foi privatizada a ferrovia.

Fagner Roberto Sitta da Silva
Enviado por Fagner Roberto Sitta da Silva em 14/02/2011
Reeditado em 15/02/2011
Código do texto: T2792465
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