Soneto do Trem da Tarde
Fagner Roberto Sitta da Silva
Sempre gostei de ver o trem passar,
ia todos os dias numa ponte
só pra vê-lo surgindo no horizonte,
veloz, deixando um belo rastro no ar.
E, com o sol queimando minha fronte,
via a mistura muito singular
da fumaça com luz crepuscular
na hora que ele sumia atrás de um monte.
Porém, eu nunca mais o vi, por ora
está desativada a ferrovia
e o velho trem se foi, no mundo afora...
Mesmo trocado pela rodovia
segue esse trem, correndo sem demora,
vai resistindo em minha nostalgia!
28 de dezembro de 2008.
*********************
Todas as tardes o trem a diesel cruzava a cidade (pois o trem elétrico era só no trecho de Bauru/São Paulo), pontualmente todas as tardes, até que foi privatizada a ferrovia.