Os trampolins do tempo
O tempo não espera, se adianta,
Não pára a esperar retardatários
Nem grita aos que vão pelos contrários
Caminhos tentando em vão achar riqueza tanta
Que é, recuperar, velhoss horários,
Deixados no papel feito uma planta
Que se arquitetou sem ficar pronta
Por falta dos sentidos operários.
O tempo não espera... Se adianta
A rir-se por tão tolos itinerários
Que ele escarneia e suplanta.
Trabalha sem pedir seus honorários
Mas, sua força à nos se agiganta,
Vencendo-nos em trampolins diários.
Réplica ao soneto "Tempo" do grande poeta Mario Roberto Guimarâes.