FRAGILIDADE
Mundo feroz, que valoriza só vitórias
e que aniquila meu direito aos desacertos,
a mergulhar-me em vãs disputas, em vanglórias,
buscando a meta mais perfeita dos concertos.
Ó mundo torpe, a controlar-me as trajetórias,
a me cingir com as pressões, brutais apertos,
pesando o “sempre ser melhor”, viver em glórias,
cravando setas em meu imo, crus enxertos.
Não se permite a luz do sol aos derrotados,
nenhuma gota de respeito ao desvalido
e são os fortes, com louvores, laureados.
Ó mundo cão, pois eu estou enfraquecido,
meus bravos brados foram todos sufocados
no coração que chora frágil, tão ferido.