PESADELO
A luz é pouca... sinto um arrepio...
Em meus olhos repousam más lembranças,
É-me furado o coração com lanças,
Num abismo penduro-me num fio...
Meu sangue jorra e faz nascer um rio,
Morrem todas as minhas esperanças,
Longe, ouço músicas, pressinto danças,
E eu sempre aqui... sentindo tanto frio...
A pouca luz tornou-se escuridão,
Foi preterida minha vã visão,
Num súbito momento nada existe...
A noite é gigantesca e o pesadelo
Tem mãos acariciando meu cabelo
Para que eu durma... cada vez mais triste...