Sóis em gotas
Abrem-se as manhãs num lençol dourado
Por sóis, caindo em gotas, como Deus
No cio das estrelas consumado,
Garatujando os céus... Ó filisteus!
Iletrados! Pois só produzem cantos
Em linguagem vulgar e irreverente!
-Ajoelha-te a mim! Caiam os teus mantos!
Pobre noite, obedece humildemente...
Ó almas, poderiam intervir,
E o Deus dos mil suspiros decidir.
O verbo não se fez por compaixão?
Acaso amar mais um do que o outro.
Quem sabe... Mas serias um Deus morto
Como um mito da própria criação.
Canoas, fevereiro de 2011/RS