JUSTIÇA

A lágrima que choro, a palavra que digo,

A saudade que dói no meu peito cansado,

O espírito que há muito eu tenho procurado

Dentro deste meu corpo, amanhado em perigo.

As curvas dessa estrada em que perdido sigo,

O tempo que, sem ti, mostrou-se demorado,

Perdão tão crucial ao meu algoz pecado,

Conforto, berço, colo e carinho de amigo...

Sonho realizado e depois esquecido,

Verso que escrevinhei, mas que nunca foi lido,

Pensamento de Amor que não se realizou...

Se pudesses saber o quanto eu te busquei,

Minha tristeza, então, seria tua lei,

Pois julgo que tu és a tristeza que eu sou.

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 13/02/2011
Reeditado em 13/02/2011
Código do texto: T2788955
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