Cântico à Bela Amada
Fagner Roberto Sitta da Silva
“Quem é esta que avança
como aurora que desponta,
bela como a lua,
incomparável como o sol,
terrível como um exército
em linha de batalha?”
Cântico dos Cânticos 6,10
Beija-me assim! Ah, minha bela amada,
pois o teu beijo é doce como o vinho
- rara flor escondida por espinho,
mas descoberta pela madrugada...
És toda como taça torneada,
oásis encontrado no caminho,
mulher de pele igual ao raro linho
e de olhar como o brilho da alvorada!
Beija-me assim, com tua bela boca,
pois será, a vontade, sempre louca,
nesta noite de amores que não finda...
Sei que vai, lentamente, a noite amena,
mas irei, bela amada tão morena,
cantar, dentre as cantigas, a mais linda!...
17 de abril de 2008
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Soneto publicado no Jornal Comarca de Garça em 26 de abril de 2008.