por entre espinhos
O vento urgindo em meus cabelos bate forte
Lá fora eu vejo a noite enluarada...
No meu peito eu sinto o frio da madrugada
Que se achega embriagada aqui no norte!
Os minutos foram o seu passaporte
As horas lhes serviram de caminho
Olhei ali e me vi por entre espinho
A solidão foi o meu meio de transporte!
Passada a noite chega o outro dia
Promessas amanhecem extasiadas
E tão descreditadas, quem diria?
Tomara que isso sejam águas passadas
Que resguardada pelas mãos da ousadia
Veja-me livre dessas cordas em vão atadas!