O TEMPO E O AMOR.
Um soneto deixa de ser belo poque lhe falte a RIMA?
Gostaria da opinião dos confrades.
Ama, ama profundamente. O coração
Há de entregar-se, inteiro, puro como os santos,
Ou como a virgindade e a paz da alma infantil,
Igual a Deus talvez, igual à luz dos olhos!
Não te arreceis de amar! O amor é o sentimento
Mais expressivo e belo, e o dom da natureza,
Que move mundos. – Chãs, montanhas, mares, ventos,
E, por si mesma, a vida, o próprio coração...
Porém, o amor, maior que seja, lá um dia,
Acaba-se. Um temporal, um vento forte,
Ou um nada qualquer... O tempo, só o tempo...
E eis que se esgota o amor, o sentimento, a alma!...
Ergue a cabeça e segue. Foge a ser sozinho...
Busca outro tempo, pois, procura um novo amor!
SSA 24/09/07.