Soneto n.183





Em meu braço, o bracelete,
verde-azul de um puro jade
(belas flores no ramalhete)
atestavam amor e saudade.

Bem digno de um palacete,
esse símbolo de eternidade
era mais que um lembrete:
um sinete de feminilidade.

Entre as flores e as samambaias
havia todo esplendor dos Maias *
no doce presente do meu amado.


E o tempo parou por um instante
por que ele estava ali bem diante
de um magnífico talismã sagrado
!

Silvia Regina Costa Lima
8 de fevereiro de 2011












*A Civilização Maia

É bem provável que a civilização Maia tenha sido a mais antiga das civilizações colombianas, e fica concluído que ela não atingiu o mesmo nível  do império Asteca e o dos Incas. Quase certo que ela foi a primeira civilização a florescer na América Central por mais de vinte séculos e atingiram alto grau de evolução, no que se refere ao conhecimento de matemática e astronomia, capaz de sobrepujar as culturas européias da mesma época.

Seus ancestrais foram, provavelmente, grupos mongóis  vindos da Sibéria atravessando onde hoje é o estreito de Bering - há  mais  de 15.000 anos.  Em pequenos núcleos, eles se organizaram no cultivo do milho, feijão e abóbora Depois eles construíram seus centros cerimoniais que, por volta do ano 200 da era cristã, tornaram-se cidades com templos, pirâmides, palácios e mercados.


Eles desenvolveram uma escrita baseada em hieroglíficos, um calendário e tinham uma astronomia muito sofisticada. A agricultura primitiva era a base de sua economia. Gostavam de caçar, pescar e criavam animais para a alimentação, no entanto, não conheciam a tração animal, o arado e a roda. Não conheciam também a metalurgia, mas trabalhavam as pedras, inclusive o jade (eles acreditavam que ele simboloizava a eternidade)  que lhes forneciam armas, enfeites e instrumentos de trabalho.

Sua cultura superior é comparada à dos gregos em termos de importância. Donos do saber, seus sacerdotes  fizeram o famoso calendário interpretando a vontade dos deuses mediante o conhecimento dos astros e da matemática, de notável exatidão. Os astrônomos maias foram capazes de determinar o ano solar de 365, o  movimento celeste, acrescentaram informações sobre as fases da Lua e a verdadeira posição do dia no ano solar.

Toda a arte dos maias era muito diversa das outras daquela região, por ser  extremamente exagerada em comparação com os demais povos, no auge da sua civilização. Sua arquitetura era voltada para seu culto religioso, e usava os grandes blocos de pedra, depois pintados com bela decoração.

O mistério é que os maias abandonaram suas cidades, templos, monumentos e tesouros sagrados no auge de sua civilização e cultura. Alguma coisa que é ainda hoje incompreensível ocorreu por volta de 600 d.C., pois este povo,  sem um motivo aparente,  desapareceu completamente. Tudo foi tomado pelo mato e a selva destruiu as suas construções e suas estradas, arrebentou muros e deixou apenas uma paisagem de ruínas históricas. Alguns imaginam que o abandono deveu-se às guerras, à revolta social ou à exaustão do solo e problemas alimentares.


Mais tarde descobriu-se várias cidades, especialmente Chichen-Itzá e ficamos sabendo que seu povo não era o de simples índios, mas que possuíam uma  organização complexa. Ao serem encontrados pelos exploradores, os maias tiveram sua verdadeira história destruída pelos padres espanhóis que, por descobrirem que os Maias possuíam livros e grande cultura religiosa e sabedoria, alegaram serem escritos demoníacos encontrados e isso ameaçava a autoridade de sua igreja européia. No que chamou de 'seu ato de fé', o bispo de Yucatán, D.Diego de Landa, ordenou a queima de milhares de volumes de livros e punir com a morte quem deles fizesse uso, informando depois que os livros continham descrições de cerimônias diabólicas e sacrifícios humanos. Sobraram apenas 4 livros da destruição especialmente o Popol Vuh, livro sagrado, contendo diversas lendas e considerado um valioso exemplo de literatura indígena. Que pena!


Textos retirados da net que foram coligados, editados, revisados e reescritos por mim, para conferir uma maior clareza e concisão aos leitores.
Silvia Regina

 

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 10/02/2011
Reeditado em 11/11/2012
Código do texto: T2784347
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