Soneto de Carnaval.
Brilho sem brilho
Fogo sem chama
Amor sem carinho
Coração que não inflama.
Cadê o sorriso no olhar?
Cadê o brilho de cada manhã?
Não achei! Achei apenas um lar,
Aquele quase em ruínas e sem afã.
Achei apenas uma vaga lembrança,
Aquela que nem deixa como herança
Traços de boa recordação.
Cadê? Procurei pra não encontrar...
As raízes, já não têm sustentação
E o amor, nunca soube cultivar.
Guapimirim, 27 de Fevereiro de 2001.
(Último dia de Carnaval)