Soneto ao Guerreiro (A São Jorge).

Guerreiro, como lhe deixei só

Mas tu vives em meu peito

E no momento sinto na garganta um nó,

Por ter sido tão imperfeito.

Deixe-me vestir com as tuas armaduras

Duelar com a tua espada.

Exaltar-me com tuas bravuras,

Deixa-me montar em seu cavalo e cavalgar pela estrada.

A benção, ogum, não quero ter medo dos perigos.

A benção, ogum, tu que me dá guerra

E afasta-me de todos os inimigos.

A benção, oxalá, dê-me paz aqui na terra.

Ogum, com a bravura de teus atos se faz guerreiro,

Humildemente, conterrâneo de farda, sou teu companheiro.

Copacabana (V.M.B.) – RJ, 16 de Maio de 1997.