Afã do coração

Forjada na cor de um plenilúnio,

Tua face é o reflexo no lago da saudade,

Quando estás ausente meu fortúnio,

Porque como tu, só tu, é a minha verdade.

Remontas e nem sabes a arte clássica,

Porquê de me tornar designer do coração,

Meu querido querubim fugido da Sistina,

Que domina meu peito com harpa e canção.

Teus olhos de safira são tesouros de Salomão,

Até então escondidos, mas por mim revelados,

Pois somente um literato sabe beijar-te as mãos.

Ser esculpido em porcelana e adorada deidade,

Ninfa na Grécia, fada na Bretanha, anjo cristão,

Quero que saibas que tua presença é liberdade.

ROGERIO WANDERLEY GUASTI
Enviado por ROGERIO WANDERLEY GUASTI em 07/02/2011
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