Afã do coração
Forjada na cor de um plenilúnio,
Tua face é o reflexo no lago da saudade,
Quando estás ausente meu fortúnio,
Porque como tu, só tu, é a minha verdade.
Remontas e nem sabes a arte clássica,
Porquê de me tornar designer do coração,
Meu querido querubim fugido da Sistina,
Que domina meu peito com harpa e canção.
Teus olhos de safira são tesouros de Salomão,
Até então escondidos, mas por mim revelados,
Pois somente um literato sabe beijar-te as mãos.
Ser esculpido em porcelana e adorada deidade,
Ninfa na Grécia, fada na Bretanha, anjo cristão,
Quero que saibas que tua presença é liberdade.