Pelo que é a dor
Não é pela poluição, nem pelas secas
Não é pela ignorância ou pela solidão
Não vem do coração, nem vai para as veias
Não é tolerância ou falta de imaginação
Não é pelas chuvas na serra
Nem pelo fim do carnaval
Não é pelas dores que sinto nas pernas
Ou pelos direitos dos animais
Nada calaria a dor que sinto
Nem seu perfume, nem sua face
Tampouco seu toque em minha carne
O que causa essa dor tampouco sei
Foi tentando entender que me perdi
Foi tentando esquecer que me entreguei