Nada...
É o começo de tudo, das veredas escuras
Como um barulho no abismo, de figuras mudas
Do nada nasce à vida, engenhosa ferida
Que encandeai a maturidade das frutas
Que passa no coração da gente, quando se recente
Um aperto no peito, como quem se desvanece
Como a negra nuvem passando,
anunciando a febril tempestade
É como o imenso calabouço escuro
Que aprisiona o que de mal se fez
Num crime insensato, absurdo
Que nunca terá volta, ou se desfez
Que se revela no profundo escuro
De um negrume sem saída que se enlaça duma vez