OH! PAI.

OH! Pai, de bondade insana, desmedida,

Que sustenta este planeta entre as mãos;

Que dá água aos rios, aos pássaros a vida,

E ao leproso, por Teu Filho... Fizestes são.

Responde teu filho, que hoje está tão aflito

Em cuja alma paira tantas dúvidas, não vãs;

Como não escutas d’humilde pobre o grito,

Que invade as noites... Vindos das manhãs?

Prefiro crer que para este mísero planeta terra,

Onde lutas sangrentas mãos de irmãos cerraem,

Não tens olhos... Pois segues com toda calma;

Que tu permites tantas provas e tantos choros

Pois escreves por linhas tortas, e o teu tesouro,

Não é o mísero homem, mas dele... A alma!

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 06/02/2011
Reeditado em 24/07/2022
Código do texto: T2775370
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