OH! PAI.
OH! Pai, de bondade insana, desmedida,
Que sustenta este planeta entre as mãos;
Que dá água aos rios, aos pássaros a vida,
E ao leproso, por Teu Filho... Fizestes são.
Responde teu filho, que hoje está tão aflito
Em cuja alma paira tantas dúvidas, não vãs;
Como não escutas d’humilde pobre o grito,
Que invade as noites... Vindos das manhãs?
Prefiro crer que para este mísero planeta terra,
Onde lutas sangrentas mãos de irmãos cerraem,
Não tens olhos... Pois segues com toda calma;
Que tu permites tantas provas e tantos choros
Pois escreves por linhas tortas, e o teu tesouro,
Não é o mísero homem, mas dele... A alma!