Soneto Selvagem.

Rasgar o peito em inspiração selvagem

nebular a razão por uma contemplação;

é a poesia do teu corpo, irradiante miragem

que seduz minh'alma de desejo e fascinação.

Que mistério se esconde em teus sorrisos?

Que paixão escondes com teus beijos?

Imaginações, sonhos e todos os improvisos;

Que emoções alimentam os teus desejos?

Ver, possuir, copular... Verbo concreto!

Sentir, abraçar, tocar... Sem ser objeto.

Essa é a essência da tua beleza,

és bela, e no entanto, sua leveza,

dá-se pelo brilho da tua pele morena,

dá-se pelo sorriso de atriz, fora de cena...

Rio, 23 de Novembro de 2006.