Tristesse
Eu queria ser artista, sempre quis...
Poder mostrar o que eu podia fazer,
Mas a ventura da vida monstruosa
Roubou estes sonhos que hoje eu devia ter.
Eu sempre fui uma criança infeliz
Ninguém era capaz de compreender...
A tristeza sempre foi tão virtuosa
Que só a arte poderia descrever...
Ah, que meu viver é uma alegria triste
Dos meus olhos não há o que dizer
É uma dor distante, merencória...
O meu amor é uma dádiva que existe
E eu vou ser um nada se eu o perder
Talvez uma coisa amorfa ou até morta.