Austero

"Quem é esse?

E por que por ele me perco?

Porque anseio que seus lábios me beijem?

Por que me toma esse cruel desejo?

Por que ele?

Tão vulgar e libidinoso;

Que desperta a volúpia da pele;

Num desejo fugaz e malicioso.

E os traços dele?

Tão brutamente talhados;

Másculo, bruto, austero.

E eu?

Pérfida, ébria, desvairada;

Inconciente não merço as palavras, dou-me!"

Edantas 01/nov/2008