Soneto Geográfico.
Um sentido tão vagabundo,
A pretensão de dois corpos nus
Sentido de não se perder um segundo
E em proporção de febre ou de luz.
Imploro, embora que distante
A junção perfeita de nós
Deixando de lado, algo tão angustiante
De o prazer ser somente na voz.
Haveremos de deixar explodir...
Deixando que o futuro nos leve
E todo o cio se afore num porvir
Feito fogueira que ao sangue ferve...
A idolatria e o erotismo se dão ocultamente,
Numa separação por destino e geograficamente.
Rio de Janeiro, 12 de Julho de 2004.