Impertinência
Tudo nasce, tudo morre
Nada escapa ao ciclo eterno
Bebe-se a vida, este porre
Depois inda sobra o inferno?
Já comprei um outro terno
Depois dessa, vou pro além
Bem vestido e bem moderno
Inferno deixo pra quem?
De tudo fiz nesta vida,
Rondei noite , madrugada,
Já até dormi na sarjeta.
Da morte espero guarida...
Da vida, não levarei nada
Afinal! Caixão não tem gaveta...
Josérobertopalácio / Ana Maria Gazzaneo
JRPALACIO
Publicado no Recanto das Letras em 14/06/2009