Cercanias

Entre dias tristes e de belos dias

Vivo e morro um pouco, choro e sorrio

Sinto-me segura e me desconfio

Das coisas que pairam em minhas cercanias.

Deixo em minha alma apertar o fio

que vai amarrando minhas agonias

E jogo meus sonhos pelas águas frias

Da incredulidade e do desafio.

Pouso lá nas grimpas do meu desvario

Entrego-me, a algozes, mórbidas fantasias,

Que se apossam, de mim, com seu poderio

Ou descaso a tristeza, suponho alegrias

Deixando insuflar meu peito vazio

Provando, outra vez, belas fantasias...