CORAÇÃO DE PEDRA

Fizeste um cemitério no teu peito

E sepultaste um coração de pedra,

Que não pulsa, não sente e já não medra,

E nunca amou de fato e de direito.

Brincaste apenas com a dor alheia

Deixando todos com saudade e pranto

Como o infeliz que amarga na cadeia

- Vedando seus sentidos negro manto -.

Sempre consegues atirar ao lixo

Um resto de saudades com capricho

Que tentam agarrar na pedra leito.

Amiga, que prazer tens em judiar

Dos pobres corações em seu pulsar?

Fecha esse cemitério de teu peito!

Salé,30/01/11, às 05h 32min