TOUCHÉ!
Odir, de passagem
O momento maior do amor! Touché!
O tempo não contou quanto lutamos.
Ninguém julgou, no ato, eu e você,
quantas vezes nos ventres nos tocamos.
Tombamos como mortos, como que
perdidos entre os panos que rasgamos,
pois duelo de amantes não prevê
regrar as armas, quando nos amamos.
Igualamos do gozo na disputa.
O cenário da cama, ora vazio,
desfez-se do furor da nossa luta.
Mas à disputa nos incita o cio,
que não refuto nem você refuta:
Touché! tocamos novo desafio!
Jpessoa, 28.01.2011