A LUA E O SOL ( Alexandrino )

A LUA E O SOL

Serpenteia-se pelo céu azul a lua

Clara toda iluminada pelo rei sol.

Nunca lhe doura a pele pelo imenso farol,

Não deixa marcas no corpo, sempre está nua.

Namoro platônico trata como sua

Em milênios sem conta, incessante arrebol.

Orbitando deixam rastro de um caracol

Como brincadeira de moleques de rua.

A corte é constante, mas o olho não vê,

A dança dura por toda uma eternidade,

Sem explicar qual o motivo nem o porque.

O espetáculo é a única necessidade,

Mesmo em noite clara, mesmo em noite fumê...

...Quem observa não morre, vive em saudade.

Goiânia, 28 de janeiro de 2011.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 28/01/2011
Reeditado em 28/01/2011
Código do texto: T2756776
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