JANELAS DO AMOR

JANELAS DO AMOR

Olho o amor com inefável doçura,

co’os olhos da alma nos olhos da carne.

Vejo recíproco desejo e alarme;

o alegre pinga pingar da ternura.

Não há no mundo um possível desarme

se o amor floresce em jardins de candura.

Nos olhos da carne há tanta fofura:

janelas da alma do afeto a fitar-me.

Tão simples e singelo e sem pecado

É a lucidez de pureza e candor,

que há nele a vida e a luz do passado.

Mas se fingido é esse doce sabor

só a paixão se acha no olhar instalada

é o calor da libido, não é amor.

Afonso Martini

270111

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 27/01/2011
Reeditado em 28/01/2011
Código do texto: T2756422
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