AO TEU SUBLIME AMOR
Minhas mãos ainda tocam o corpo teu;
Passeiam leves tateando as curvas brandas
Rumo às paragens, onde o amor tanto se deu
E nas ternuras iam noites em cirandas.
Ainda construo o meu sonho da morada
E na sacada, ao fim da tarde, sem demora
Olhar pro céu e ver a noite enluarada
De eterna amada te chamar a toda hora.
Nas noites vagas, quando lembro os nossos dias,
Das poesias reclamadas que não tinhas,
Lavro estas linhas, talvez já se vão tardias...
Não sejam elas a dívida que se exime,
Nem pra que findem as minhas noites vazias
São ternos cantos ao amor demais sublime.