AO TEU SUBLIME AMOR

Minhas mãos ainda tocam o corpo teu;

Passeiam leves tateando as curvas brandas

Rumo às paragens, onde o amor tanto se deu

E nas ternuras iam noites em cirandas.

Ainda construo o meu sonho da morada

E na sacada, ao fim da tarde, sem demora

Olhar pro céu e ver a noite enluarada

De eterna amada te chamar a toda hora.

Nas noites vagas, quando lembro os nossos dias,

Das poesias reclamadas que não tinhas,

Lavro estas linhas, talvez já se vão tardias...

Não sejam elas a dívida que se exime,

Nem pra que findem as minhas noites vazias

São ternos cantos ao amor demais sublime.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 26/01/2011
Reeditado em 01/02/2011
Código do texto: T2753170