IMAGINO-TE...

IMAGINO-TE...

Ouço a voz, sim... ao telefone, uma doçura!

tua face e teu corpo, na fotografia,

e embora a juventude em teu rosto sorria,

vejo tristeza em teus olhos e formosura.

O que mais se esboça na silhueta esguia,

suponho ouvir-te a alma que, silente, murmura:

“gosto do suave, do afável, da ternura;

amo a paz, a verdade e amo a psicologia”.

Ainda que não avalie o temperamento

que te conduz mansa e afável e não se agasta

sabendo ouvir e falar com discernimento.

Não gostas de mal entendido que se arrasta;

amas o simples que se faz ledo momento;

que se integra na vida e as agruras afasta.

Afonso Martini

260111

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 26/01/2011
Reeditado em 31/01/2011
Código do texto: T2752844
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