SOL
Amada minha, amor em veredito
Do mero mito, eu digo do meu jeito
Recito verso e grito o que acredito
Poema dito do âmago do peito
Amada minha, o quanto a necessito
Fui preterido, verbo imperfeito
Estou ferido, o sangue desce em litros
Malditos são os pregos do meu leito
Amada minha, abraça-me abrasiva
Agarra toda brisa que te escrevo
Mas olha onde pisa, pois nociva
Tu podes vir a ser mal (em relevo)
Amada minha, só num mundo escuro
Meu beijo enfim será sol no futuro