ROMANTISMO

No começo da noite, entre saudade

E lembranças da amada - Flor-do-Sonho! -

A solidão me move com vontade

E verdade ao papel. Então, componho:

Um soneto de antiga e pura idade

No formato romântico, onde ponho

Coração: bem aquém modernidade,

A vigiar o abrir d'alma e cada sonho.

Assim vou, desnudando-me ao leitor

Como fosse (o poetar) confessionário

Do contínuo sentir e viver diário.

Por que ir até região opressa e fria

P'ra algum racionalista ler poesia

Se o apaixonado poema é por Amor?

(Alexandre Tambelli, para Carla, São Paulo, 8 e 9 de novembro de 2008).