Rio da morte
Foi num janeiro de intenso verão
que as águas fizeram dum “Rio”
um lamaçal, que parecia desvario
Uma tragédia sem igual proporção
Vidas que haviam se feito no leito
da correnteza que parecia calma
Pois, ali, nenhuma daquelas almas
podia prever tal malévolo feito
De Teresópolis até Nova Friburgo
o que se viu foi quase um expurgo
Famílias inteiras na total carência
Que as quase mil almas ausentes
intercedam pelos sobreviventes
que anseiam por uma “providência”