Inuma
Inuma antropófaga da carne humana
Diva no desejo de Hera a maldade
Dos arcanos infernais és a profana
Alabastrina criatura de pedra ufana.
Na boca uma voz de serpente sente
O parentesco com a fúria de Nêmeses
O grito sinistro da fera inconsequente
Na sepultura ádvena passam os meses.
Filha de assassinos atrozes a maldita
Nos tétricos escombros a infinita
Luxúria fogosa das bocas hiantes
Dos tépidos deboches e sarcasmos
Aos espasmos múltiplos e orgasmos
No ósculo cálido da víbora como antes.