Desafinada

Viola, oh viola porque choras

Tão triste, e assim desafinada

Desafiando o frio da madrugada

Ecoando teu lamento imploras...

Quisá me visse abatida pelas horas

Em que a tristeza tomou o meu ser

Quase eu perco a vontade de viver

Aqui fiquei, pois tu a mim consolas!

A madrugada é pequena, oh, viola!

Para abrigar teu lamento de tristeza

Talvez eu tire um coelho da cartola

Pra ver sorrir o teu rosto cancioneiro

Talvez o sOl dessa manhã que ti assola

Venha aquecer as vestes frias desse leito!