SONETO(050)
Pela manhã, abria-se a janela, lentamente,
Sem muitos bocejos, calma e longamente,
Esticavas os membros, exageradamente,
Sem amarguras, feliz, assim docemente.
E - custa-me crer- se a memória consente
Que hoje lembro dos dias, voluntariamente,
Que à sombra do pessegueiro florescente
Mandava-te muitos beijos de amor ardente.
Cabelos dourados, cacheados, suavemente,
Deslizam em teu belo colo, delicadamente,
Que sonho, todas as manhãs, romanticamente,
E embriagado de muito amor, eternamente,
Torna-se salutar, febril de amor, evidentemente,
Opondo-se aos trístes delírios dessa mente.
Nova Roma do Sul- RS, em 26 de novembro de 2006.