SONETO(050)

Pela manhã, abria-se a janela, lentamente,

Sem muitos bocejos, calma e longamente,

Esticavas os membros, exageradamente,

Sem amarguras, feliz, assim docemente.

E - custa-me crer- se a memória consente

Que hoje lembro dos dias, voluntariamente,

Que à sombra do pessegueiro florescente

Mandava-te muitos beijos de amor ardente.

Cabelos dourados, cacheados, suavemente,

Deslizam em teu belo colo, delicadamente,

Que sonho, todas as manhãs, romanticamente,

E embriagado de muito amor, eternamente,

Torna-se salutar, febril de amor, evidentemente,

Opondo-se aos trístes delírios dessa mente.

Nova Roma do Sul- RS, em 26 de novembro de 2006.

MAZZAROLO ANGHINONI
Enviado por MAZZAROLO ANGHINONI em 23/01/2011
Reeditado em 23/01/2011
Código do texto: T2746160
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