Calandre
Deixo que o espanto me consuma,
Antes que o tempo se reduza a um instante,
Enquanto a rima se arruma e desarruma,
Escuto a sinfonia concertante.
Transformo num soneto o pesadelo.
Com a tristeza servindo de modelo,
Enquanto o oboé, o clarinete e o fagote
Procuram amenizar a minha sorte!
Não consigo superar esta tristeza,
Que a rigor, não tem nenhuma explicação,
Compondo um simples quadro sem beleza,
Que não merece participar de exposição!
Deve ser esta fragrância que sinto no ar...
O aroma do Calandre que insiste em ficar!
Inspirado no poema Perfume de Juli Lima (T 895414)