Era só um sonho
Sempre no rosto um sorriso raso
Sentado quietinho em sua cadeira
O pensamento lento em constante atraso
E nos seus olhos uma fogueira
Tentou, mas do amor teve pouco caso.
Sonhou acordado uma vida inteira
Hoje quebrado como um velho vaso
Que do destino levou uma rasteira
Sua alma lutou empunhou o cutelo
Mas se viu vencido pela cobiça
Sendo tratado como um reles rato
Mesmo sendo doce como o marmelo
Hoje em sua cadeira vive a preguiça
o sonho de um cisne que agora é pato!