INTIMIDADE

Que me deflore o êxtase de toda a entrega

Sou dança sou chama dos versos acrobáticos

Um fino orvalho manobra que esplende e cega

Teus olhos infiltra inflamando-os estáticos

Rosa mais linda se entreabre insinuante

Por obra e graça de uma noite que sacia

Quede ao meu membro pasmo se não cessa arfante

Que são lençóis em desalinho de uma orgia

E soam loucos feito sinos magistrais

Que pelas bordas se aprofundam em ventania

Testemunhando como forças desiguais

Com aquele cheiro acre que jamais esfria

Entre os espaços onde tu me pegas mais

A vida plena que mistura a noite ao dia

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 26/10/2006
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