Barquinhos de Papel
Fagner Roberto Sitta da Silva
Nas distantes manhãs chuvosas eu fazia
barquinhos de papel, uma pequena armada,
de pura infância... Brancos barcos na enxurrada,
levados para mil lugares que não via.
Eram barcos de pura e simples fantasia,
do singelo ideal, e feitos na calçada
da velha casa... ah minha infância foi passada
naquela casa que guardou toda alegria!
Eram barquinhos de papel que na distância
foram sumindo... Não levaram minha infância
que guardo feito um grande e precioso tesouro.
Penso que possam retornar neste janeiro
estes barquinhos que singraram mundo inteiro
quando despontam às lembranças feitas de ouro!...
20 de janeiro de 2011.