A Voz do Morto II

A corrupção da demência de outrora

Na desordem anímica dos vermes

Criaturas antropófagas e inermes

Devorando meus restos sem demora.

Chagas abertas no voraz castigo

Lágrimas perenes de desespero

Na fria sepultura da extinção espero

Num tempo soturno jaz este abrigo.

Na languidez do suportar intento

No logro do cão do medo um sustento

Sempre estando só neste eterno inferno.

Psicose do morto absorto e nojento

Uma presença má que caça o interno

No cemitério cruel o subalterno.

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 21/01/2011
Reeditado em 24/01/2011
Código do texto: T2743336
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