A Voz do Morto II
A corrupção da demência de outrora
Na desordem anímica dos vermes
Criaturas antropófagas e inermes
Devorando meus restos sem demora.
Chagas abertas no voraz castigo
Lágrimas perenes de desespero
Na fria sepultura da extinção espero
Num tempo soturno jaz este abrigo.
Na languidez do suportar intento
No logro do cão do medo um sustento
Sempre estando só neste eterno inferno.
Psicose do morto absorto e nojento
Uma presença má que caça o interno
No cemitério cruel o subalterno.