RUAS MORTAS...
****DEDICO ESTE SONETO PARA PETHA, MINHA IRMÃ, QUERIDA ****
Venho andando nas ruas, ermas, mortas,
Desta vida que trago, pois, comigo,
Sob as sombras da noite, por abrigo,
Fechando atrás de mim todas as portas...
Sigo na solidão, nas alamedas,
E o arvoredo em flores de saudades,
Parece encher minh’alma de vontade,
De partir sem um rumo, sem as sedas...
... No meu silêncio, choro bem baixinho,
Pois, não sei entender esta tristeza,
Que me acompanha sempre tão vadia...!
Mas, eu bem sei, que, agora, tão sozinho,
As lágrimas que perco, com leveza,
Lamentam tanta dor na poesia...!
Arão Filho.
São Luís-Ma, 21/01/2011