“Livremente Cativos”
(Luiz Henrique)
Desprezo o sexo fácil e interesseiro
Que leva ao vazio e ao arrependimento
Almejo-o doce como se fora o primeiro
Em que frui toda a vida - e não um momento
Quero os prazeres não vividos
Que a vida desde sempre me deveu
Sentir um a um todos os sentidos
Num só compasso – teu corpo e o meu
Quero alcançá-lo numa outra dimensão
Desfrutá-lo num misto de ardor e calma
Em que do amor venha a reboque a paixão
E a troca de fluídos seja do corpo e da alma
Um prazer tamanho que nos faça sentir
- verdadeiramente vivos
Em que se renove o desejo de sermos um do outro
- livremente cativos
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