LÁGRIMAS NAS SERRAS


De repente, da luz a negritude,
espalha o desespero pelo ar...
Começam então a desabar,
os sonhos em toda sua plenitude.

 
Gritos retiniam ante o sofrimento,
a mata resolveu se rebelar...
Rasgando estradas, pontes sem falar,
deixou um rastro de morte e de lamento.

 
Hoje ficaram restos da tragédia,
expressos pelas ruínas a chorar...
Culpar a natureza é só comédia...

 
N
ossas Serras pagaram alto preço...
Lágrimas que ficaram a prantear.
Aos Senhores políticos – Meu “apreço”.



    

Em meio a tristeza, os belos versos do Poeta enfeita com talento esta página. Eu agradeço.


ESCOMBROS

             Odir, de passagem, Interagindo...


E, de repente, o caos, o nulo, o nada!
As águas rasgam ruas, rompem rios,
sepultam sonhos, zunem na zoada
das árvores varridas pros baixios.

Vozes de vultos vão-se à madrugada!
O breu da morte causa calafrios.
A lama, lesta, leva, de enxurrada,
os gritos guturais dos casarios!

Raios riscam as rotas dos escombros.
A terra cede espaço ao lamaceiro.
Corpos carregam corpos sobre os ombros!

Afinal, sai o sol com seu braseiro.
Um pouco tarde pra sanar assombros,
carpindo a morte por chegar primeiro!

                                     Oklima
                          JPessoa, 22.01.2011

Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 20/01/2011
Reeditado em 22/01/2011
Código do texto: T2741953
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