Doce veneno

Doce veneno

Olhares trocados sob luar de outono

Com brilho de uma estrela fulgurante

No frescor da madrugada sem dono

Nossas almas se fundiram num instante

O céu testemunhou nosso abandono

A relva verde fez-se alcova elegante

A aragem acariciou o cansaço e o sono

Dos corpos que se fizeram amantes

Na trilha sinuosa o desejo sozinho

Agride a pele num misto de carinho

Incendeia o sangue e traz a languidez

Essa paixão proibida é doce veneno

Faz cada momento tornar-se pleno

E até no sonho fazer amor outra vez.

Norma Bárbara

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 20/01/2011
Código do texto: T2740457
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