Doce veneno
Doce veneno
Olhares trocados sob luar de outono
Com brilho de uma estrela fulgurante
No frescor da madrugada sem dono
Nossas almas se fundiram num instante
O céu testemunhou nosso abandono
A relva verde fez-se alcova elegante
A aragem acariciou o cansaço e o sono
Dos corpos que se fizeram amantes
Na trilha sinuosa o desejo sozinho
Agride a pele num misto de carinho
Incendeia o sangue e traz a languidez
Essa paixão proibida é doce veneno
Faz cada momento tornar-se pleno
E até no sonho fazer amor outra vez.
Norma Bárbara