Sobriedade
O vento canta sem nenhuma rima:
Na curva estreita não há sol, nem terra...
O Universo é único e encerra;
A secura das rugas é a sina.
Na nuvem fria, sem sexo, a espera ensina;
Nem sequer vislumbro a aura da tela;
A turvação é a mesma. É a mesma viela,
No tom de amargura, esqueço a menina!...
O túnel impera em seu silêncio,
Sem música a ausência é o veneno;
No futuro está a inscrição da cruz!
O Céu tem o azul sem aquele canto
O minuto é fútil, por enquanto,
— Em resumo: — Não é a mesma Luz!
Machado de Carlos
Franca, 13 de julho de 2005
O vento canta sem nenhuma rima:
Na curva estreita não há sol, nem terra...
O Universo é único e encerra;
A secura das rugas é a sina.
Na nuvem fria, sem sexo, a espera ensina;
Nem sequer vislumbro a aura da tela;
A turvação é a mesma. É a mesma viela,
No tom de amargura, esqueço a menina!...
O túnel impera em seu silêncio,
Sem música a ausência é o veneno;
No futuro está a inscrição da cruz!
O Céu tem o azul sem aquele canto
O minuto é fútil, por enquanto,
— Em resumo: — Não é a mesma Luz!
Machado de Carlos
Franca, 13 de julho de 2005