*** SIGILO ***

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Ah, se, um dia, dissesses à tua alma,

Que meu mundo se fez a ti, somente,

E, que o dar-te-ei, nas mãos, em palma,

Como nos dá a vida, Deus,... Presente!...

Talvez, em seu silêncio, bem tranqüilo,

Teu coração sentisse em meu perfume,

Que não guardo esse amor como sigilo,

Posto que seja um céu cheio de lume...

Mas, teus passos se vão noutros caminhos,

E, os teus olhos, são dois redemoinhos,

Que não me enxergam nunca... Tão perdidos!

Vou-me embora nas vias dos espinhos,

E, aqueles tantos sonhos, vão sozinhos,

Cá, dentro do meu peito, iludidos...

Aarão Filho.

São Luís-Ma, 17 de Janeiro de 2011.

Aarão Filho
Enviado por Aarão Filho em 18/01/2011
Reeditado em 10/04/2011
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