Por favor, poesia, deixa-me ir embora ...
Por que, poesia, não procuras outra pessoa?
Por que insistes em bater à minha porta?
Por que na rima que, do sentimento ressoa,
somente penso em dizer que nada importa?
Não notas, poesia, que algo em mim morreu?
Que não quero mais saber de rima métrica,
porque no muito que meu coração já doeu,
o sangue deixou de correr na veia poética?
Nada ficou! Acredita em mim, cara poesia!
Como foste um dia minha amiga confidente,
tu bem sabes que eu nunca te enganaria...
E procura aceitar este momento presente,
e não fica triste... com este meu adeus...
Talvez, um dia, eu volte aos braços teus...
St. Gallen, Suíça, 13.01.2011