Soneto ao Boêmio.
Boemia, jamais tentei lhe deixar
E em teu nome, compuz coisas tão lindas!
Aos teus braços, puz-me tantas vezes a chorar
E vaguei por estradas infindas.
Boemia, não sei quem és ou como te chamas,
Mas deve ter o nome de todas as rosas,
Deves ter o nome de qualquer mulher...
Embora não saiba, mas em meu peito tu inflamas.
Desejo, cantar-te em versos e prosas
E te amar até quando eu puder.
Sei bem que por vezes pareces ter fim...
No entanto, remoça-te novamente,
Tento falar de ti, simplesmente
E o que vejo de repente, és-tu falando de mim.
Duque de Caxias, 11 de Maio de 2003.